
Estive presente na primeira fase da OPERANTAR XLI, auxiliando nas coletas para análises biogeoquímicas e de contaminação marinha na Confluência Brasil-Malvinas e nos vórtices frios e quentes. Coletamos água e material particulado em suspensão na superfície e no ponto máximo de clorofila com auxílio da Rosette. Parte dessa água foi acondicionada em garrafas plásticas e destinada a análises de nutrientes. Outro montante mais expressivo foi filtrado, e o material particulado em suspensão foi retido para análises posteriores.
Nas amostras captadas, iremos analisar os contaminantes que vêm de combustíveis fósseis, pesticidas e aqueles emergentes, como fragrâncias, retardantes de chamas e produtos presentes em protetores solares. A origem e exportação da matéria orgânica que é produzida ou que chega nos oceanos também será investigada, assim será realizada análise de nutrientes. Estes dados serão utilizados tanto pela área química quanto pela biológica. No ínterim das atividades, pude auxiliar o grupo de biologia, realizando filtragens e auxiliando na conservação do C14 das amostras.
Foi uma experiência única, na qual pude conhecer outros pesquisadores e áreas científicas e também tive mais contato com a oceanografia física. Foi uma oportunidade de crescimento pessoal, na qual a interação diária com as mesmas pessoas e a limitação de espaço fazem com que você crie uma nova percepção sobre as relações interpessoais.
Desta vez, participei apenas da primeira fase, mas sigo no desejo de realizar pesquisa de qualidade no continente antártico e saudosa dos momentos com a equipe incrível do MEPHYSTO no navio!
Tio Max, cadência máxima!
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Confira também o Diário de bordo da expedição.