
Fui o responsável pelas coletas biológicas do picoplâncton (a fração do plâncton composta por células de 0,2 a 2 micrômetros). Para isso, realizamos a filtração da água coletada em filtros de 0,22 micrômetros, que posteriormente terão o material genético extraído para análise e identificação. Também reservamos cerca de 50 ml de água em cada estação para contagem de células bacterianas, de microalgas e de vírus presentes nas amostras. Outra amostragem realizada foi a filtração com o objetivo de analisar o carbono orgânico dissolvido e particulado na água, para correlacionar a atividade microbiana com o sequestro de carbono e disponibilidade de nutrientes para toda a cadeia trófica.
Além disso, auxiliei minhas colegas de embarque na coleta de dados do fito e zooplâncton, com o arrasto vertical realizado com redes de diferentes micragens, e também contribuí na coleta de partículas atmosféricas, com um amostrador de ar. Esses dados serão usados para avaliar a interação das variáveis ambientais características dos vórtices com os organismos presentes nessas estruturas oceânicas, elucidando como os vórtices podem impactar na vida nos oceanos e também fora deles.
Embarcar na OPERANTAR é sempre uma grande experiência. Poder vivenciar pela segunda vez foi muito bom, principalmente com os amigos (novos e antigos) do Mephysto e de outros projetos. Mas ainda assim, os desafios nunca são menores. Muito pelo contrário, quanto maior a experiência, maior a precaução que temos para evitar os problemas anteriores. Mas, assim como dessa vez, espero que, nas próximas expedições, a experiência não diminua as surpresas e os aprendizados adquiridos.
– –
Leia mais relatos na seção A pesquisa pela equipe.
Confira também o Diário de bordo da expedição.