No dia 28 de outubro, suspendemos às 14h de Punta Arenas rumo à Antártica. Os primeiros dois dias foram nos canais chilenos, lindo percurso. Depois, fundeamos (ancoramos) por um dia em frente a cidade de Puerto Williams para esperar melhor janela no Drake. Como esse é um dos mares mais perigosos do mundo, é sempre bom ter cautela de quando cruzar. A melhor janela seria no dia seguinte.
O primeiro dia no Drake foi bem batido, era divertido caminhar nos corredores do navio pois me batia de um lado para outro. Para dormir, parecia uma gangorra. Se você é alto como eu, sentiria os pés e a cabeça escorregando para as extremidades da cama. Os marinheiros disseram que é melhor quando o movimento é assim, que é mais confortável que lateral. Fiquei na cama a maior parte do dia.
No segundo dia de Drake, o mar já estava melhor. Fizemos arrasto de rede de micro plástico e coleta de atmosfera (HiVol). Eu já caminhava melhor no navio, sem me bater. Consegui fotografar e fazer vídeos. Foi quando passamos no famoso Paralelo 60 S, fiz foto do grupo de pesquisadores cruzando esse marco (veja aqui a foto). Dia dois de novembro, por volta do meio dia, chegamos na Antártica.
[Texto/Fotos: Karla Brunet]